Pássaro triste
Sou um pássaro preso na
gaiola,
entoando um canto infeliz.
O “ser”, que se diz meu
dono,
não ver que a tristeza é
minha motriz.
Como viver alegre atrás
dessas grades,
vendo meus amigos voando
lá fora?
Dá saudade de pular de
galho em galho,
de viver a feliz algazarra
de outrora.
Quero plainar bem alto
junto ao céu,
deixando o vento me levar.
Essa dádiva, a natureza me
deu,
mas o homem teima em me
tirar.
Pensando somente em si,
me deixa aqui enclausurado.
E assim, mantenho meu
canto infeliz,
nesse triste espaço
confinado.
Luiz Santos
Rio de Janeiro – RJ
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